Cogumelos Portobello Recheados

domingo, outubro 22, 2017

"Não vemos as coisas como são: vemos as coisas como somos."Anaïs Nin





Gosto de Árvores. Gosto de Florestas. Gosto de Pessoas. E sinto uma grande revolta pelos incêndios deste verão, não só pelas Árvores mas pela crueldade para com as pessoas. Não só pelos mortos, mas pelos esquecidos, os que ficaram para trás, os que foram deixados ao abandono, os que fazem parte do Portugal real fora dos grandes centros, longe de Lisboa. 
As aldeias povoam-se sobretudo de velhos, que vivem muitas vezes sozinhos e isolados, e de muitos outros portugueses que vivem com poucos recursos, muitas vezes apenas do que a terra à volta lhes dá.

Há uns anos, quando o programa de maior sucesso em Portugal era o "Big Show Sic", ao Domingo, o meu círculo de amigos ficava muito impressionado pelo sucesso do referido programa. E eu dizia-lhes sempre que eles desconheciam o Portugal real , as pessoas que são a maior parte do que é Portugal. Que eles desconheciam como viviam, as casas e o modo como viviam, porque sem serem ricos, esses amigos eram sem dúvida, uns privilegiados que não representavam a maioria da população .

Todos os dias, na minha profissão, eu lido com esse que é o Portugal real! E é por lidar que sinto uma profunda admiração pelo nosso Presidente da República: que não só se deixa tocar, como toca nas pessoas e as abraça de forma verdadeira, ficando como um igual entre elas. Não é fácil tocar assim as pessoas, sentir-lhes as lágrimas e o cheiro... 

Quando vieram para Portugal os imigrantes Moldavos alguns tinham o hábito ( que lá seria tradição) de beijar-me a mão quando se sentiam agradecidos. No inicio sentia-me muito incomodada, quando lhes estendia a mão para os cumprimentar, e me agarravam na mão, a seguravam entre as suas para a beijarem. Alguns que conheço há alguns anos continuam a fazer-me isso, não me habituo, mas  hoje já reajo de forma diferente a esse toque. Mas, no meu trabalho, continuo a não me habituar às lágrimas de quem chora à minha frente, continuo a não conseguir trabalhar bem essa "energia" que tenho que dar aos outros quando estão em sofrimento, quando me relatam dramas ou apenas quando me pedem tantas e quantas vezes que os ouçam. Que alguém os abrace nem que seja apenas na forma de sorriso. Chego muitas vezes ao fim do dia esgotada dessa "energia" que dei...

É nesse aspeto que admiro tanto o Marcelo Rebelo de Sousa (apesar de saber que é "Reikiano" e que faz Meditação todos os dias)! Ninguém imagina a quantidade de "energia" que tem que ter, não só para conseguir estar em todo o lado, não só para entrar na casa das pessoas, mas essa "energia" que entrega em forma de Amor. É como se ele fosse uma árvore que resiste ao fogo e que ainda protege a fragilidade da vida, tão frágil como um Cogumelo no meio da Floresta...


Receita:

6 Cogumelos Portobello
200 gramas de Carne de Vaca picada
200 gramas de Queijo Mozarella ralado
Azeite q.b.
1 cebola
4 dentes de alho
1 cenoura ralada
4 tomates maduros sem pele e sem sementes
4 colheres sopa de polpa de tomate
3 dl de vinho branco
pimenta e sal q.b
1 colher de sopa de "Segredos do Mundo-Itália" da Margão

Lave bem os Cogumelos, retire-lhes o pé e coloque num tabuleiro de ir ao forno forrado com papel vegetal. Unte o papel vegetal com azeite e coloque sobre ele os cogumelos polvilhados com um pouco de sal fino. Coloque no forno a 180 graus de forma a cozinhar um pouco os cogumelos durante 15 a 30 minutos.
Enquanto estão no forno, num tacho faça um refogado com a cebola, o alho, o tomate, a polpa de tomate e a cenoura ralada. Acrescente o vinho branco, "Segredos do Mundo-Itália", os pés dos cogumelos, a carne e pimenta e sal a gosto. Deixe cozinhar a carne no refogado.
Retire do forno os cogumelos e coloque por cima o recheio de carne em cada um. Espalhe por cima de todos o queijo ralado e leve ao forno, alguns minutos a gratinar a 220-250 graus
Sirva acompanhado com uma Salada de Alface e Acelgas.

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