Desenhei então uma ave do paraíso, já a encher-se de "glamour" para o réveillon.

Cortei 1 papaia, 1 manga e 2 kiwis em fatias. Roubei uns bagos de uma romã, para encher de abundância o novo ano. No final deitei Pisang Ambon ...  mas não perdi a cabeça com o alcool! Só porque precisei dela para colocar uma folhinha de hortelã!

O Natal põe-me os nervos em franja. Tira-me a cereja de cima do bolo. O tempo não cresce ... e a lista de coisas a fazer aumenta, o que me faz reduzir a niveis minimos as horas de sono. Quero fazer tudo e o dia so tem 24 horas. Há momentos em que me dá uma vontade súbita de voltar, de férias, ao Equador onde o calor quase faz esquecer que é Natal e o ritmo nos faz mergulhar em despreocupação. Confesso que quando lá estive, não me lembro de ter comido este pudim de S.Tomé, (ou Quindão), mas este pudim, com ar tropical pelo seu côco, surge sempre brilhante e diferente, mesmo no inverno, e faz parte das minhas sobremesas crónicas.

Ingredientes:

300 grs de açúcar

2,5 dl de água

6 gemas

4 ovos

150 gr de côco ralado

raspa de limão

Caramelo:

125 gr de Açúcar

Fervi os 300 grs de açúcar com 2,5 dl de água durante 5 minutos. Retirei do lume. Numa tigela coloquei o coco ralado, deitei por cima a calda de açúcar e mexi bem. Juntei a raspa de limão e deixei arrefecer.

Quando frio juntei os ovos e as gemas e mexi bem. Deitei na forma com o caramelo e levei a cozer cerca de 45 minutos em forno médio (160º)

Não sei onde é que errei . Estive quase, quase a conseguir ...  Às vezes queremos tanto uma coisa que nem damos conta de que nos falta o essencial para a conseguir realizar. Assim foi com este bolo. Queria fazer um "Red Velvet Cake", um bolo vermelho que já há muito tempo preenche o meu imaginário. Já o estava a "fotografar", na minha cabeça ... às camadas, com creme, vermelho e branco. Porém ...não avermelhou ... acho que não levou o corante vermelho suficiente e o bolo escureceu ...passou a castanho. "Brown Velvet Cake" revelou-se um erro bom: um bolo muito leve, fofo e saboroso num amanhecer chuvoso.

Misturei o cacau com a farinha e o sal. Misturei o leite com o corante. Misturei o fermento com o vinagre.

Bati o açúcar com a manteiga até ficar fofo. Fui juntado os ovos um a um batendo sempre entre eles.

Adicionei a baunilha e fui juntando o leite + corante (tem que levar bastante!) e aos poucos a farinha+cacau, alternadamente. No final juntei o vinagre+fermento e deixei bater mais um pouco. Coloquei a cozer em forno médio em tabuleiro untado com Spray para untar Espiga e forrado com papel vegetal.

Ficou delicioso mas não era a mesma coisa ! Porque me enche de "ilusión", hei-de conseguir fazê-lo e há-de aqui aparecer o "Red Velvet Cake" em todo o seu esplendor, um dia destes!

Bolachas de Gema

300 grs de farinha

125 grs de margarina Vaqueiro

85 gramas de açúcar

1 ovo

Raspa de limão

1 pitada de sal

1 gema para pincelar

3 colheres de Amêndoas picadas 

cerejas vermelhas e verdes para decorar

Bati a manteiga derretida com o açúcar.Juntei o ovo com a pitada de sal e a raspa de limão. Amassei até ficar uma massa homogénea. Deixei a massa no frigorífico durante 1 hora. Depois estiquei com o rolo da massa e cortei com um copo. Coloquei num tabuleiro forrado de papel vegetal. Pincelei cada bolacha com a gema de ovo batida, coloquei amêndoas picadas e um pedaço de cereja vermelha ou verde em cada bolacha. Pré-aqueci o forno durante 10 minutos e cozeram mais 10 minutos em forno médio.

E não tenha medo de as comer quentes...

Bati as claras em castelo com raspa de 1 limão e 1 pitada de sal. Depois fui acrescentando o açúcar aos poucos, uma colher de cada vez. Bati mais 5 minutos com o açúcar todo colocado.Adicionei as amêndoas e nozes. Coloquei, fazendo montinhos com 2 colheres de sopa, num tabuleiro forrado de papel vegetal e foi ao forno a baixa temperatura (coloquei uma colher de pau na porta do forno para que esta se mantivesse entreaberta durante a cozedura) Deixei cozer cerca de uma hora, com cuidado para não queimarem nem ganharem muita côr, mas de uma forma que ficaram estaladiços.

"Fue cuando comprobé que murallas se quiebram com suspiros y que hay puertas al mar que se abren con palabras."  Rafael Alberti