Lisboa - Museu do Traje e Ruinas do Carmo
sábado, agosto 04, 2018
"Lisboa é a imperfeição criteriosa. Lisboa é o céu reflectido." José Luís Peixoto
É bom fingir que se é turista e olhar a cidade como se fosse a 1ª vez que a visitamos e olhamos. Olhar para Lisboa, (onde vivi algum tempo enquanto estudei e trabalhei) tornou-se diferente, com os seus "tuc-tucs" e o seu manto de Línguas estrangeiras, que retalham a nossa audição... com os seu autocarros cheios de turistas que olham a cidade com ar altaneiro, com as filas para se conseguir comer um gelado Santini ... mesmo assim é bom percorre-la e olhá-la! Às vezes estamos tão próximos da cidade que nem mesmo o distanciamento de viver perto, mas num meio rural, nos leva a sentir curiosidade de a visitar. Visitamos apenas por necessidade: por trabalho, para alguma compra apressada ou para alguma visita médica. È preciso decidir, eleger algum sitio onde ainda não tenhamos ido e ir olhá-la mesmo como ela merece! A sua luz, a sua única e maravilhosa luz é sempre, de tudo, o que mais me apaixona. Não deve haver outro sitio no mundo com esta luz!
A cidade encheu-se de esplanadas plantadas em pátios e terraços onde é bom estar simplesmente a olhar...
Ruínas do Carmo |
A cidade encheu-se de esplanadas plantadas em pátios e terraços onde é bom estar simplesmente a olhar...
Lisboa - Castelo de São Jorge |
Começámos por esse Museu, que fica um pouco longe do fervilhar de turistas da baixa lisboeta, mas que foi escolhido por interesse especifico da minha filha no mesmo. Instalado no Palácio Angeja-Palmela desde 1976, com uma pequena capela barroca no seu interior, apresenta uma mostra dos trajes (tendo o seu acervo sido constituído sobretudo por doações) e a sua evolução desde o Séc. XVIII à atualidade, representando sobretudo o modo de vestir da aristocracia e da burguesia.
Vale a pena visitar o Museu, não só pelo seu espólio mas por toda a beleza do Palácio e das suas salas rodeado que está ainda pelo Parque Botânico do Monteiro-Mor, antiga quinta de recreio setecentista, onde se encontra a primeira Araucaria Heterophylla conhecida em Portugal e onde é muito agradável passear. É bom estar com tempo e poder almoçar no restaurante Monteiro Mor e se possível ver ainda outro Museu, inserido nesse parque: o museu do Teatro e da Dança, que optámos por não visitar desta vez.
Dirigimos-nos para o Martim Moniz para nos podermos esticar pela Baixa Lisboeta. Almoçámos num pequeno restaurante (não muito recomendável) e fomos bebericar uma ginginha à Espinheira. Isto é, armar-nos em turistas mesmo! E depois andarmos pelas ruas devagar em direção ao Chiado, comer um gelado à Santini e eu sempre de olhar posto nas Ruínas do Convento do Carmo que chamavam ao longe por mim. Construída sobre a colina fronteira ao Castelo de S. Jorge, em 1389, sob o impulso de D. Nuno Alvares Pereira, um dos mais famosos heróis da Idade Média e onde se encontra sepultado.
O monumento gótico transformou-se em ruínas, tal como grande parte de Lisboa, devido ao Terramoto de 1755 e subsequente incêndio e, apesar de uma tentativa de reconstrução, que não foi levada por diante, o monumento ficou mesmo em ruínas, que se tornaram num ícone da arquitetura gótica de Lisboa. Transformou-se num lugar único, com uma estética muito interessante com arcos apontados para o azul do céu.
Dentro das ruínas foi instalado, em 1864, o Museu Arqueológico do Carmo, que contempla artefactos e obras desde a Pré-História à época contemporânea: peças do paleolítico e neolítico em Portugal, uma biblioteca com livros raros, uma réplica em miniatura do convento antes da destruição, duas múmias e túmulos góticos (incluindo do rei D. Fernando I) e onde estão igualmente sepultados os restos mortais de D. Nuno Alvares Pereira.
Pela suas características é um espaço onde se está bem, onde apetece estar, a contemplar ou a assistir a espetáculos, sendo dos monumentos mais visitados em Lisboa.
Rodeado por esplanadas e terraços saímos, seduzidos a acabarmos o dia sentados naquela luz tão especial de Lisboa a contemplar o fim do dia. Como diz José Saramago "É preciso sair da ilha para ver a ilha".
Museu do Traje |
Vale a pena visitar o Museu, não só pelo seu espólio mas por toda a beleza do Palácio e das suas salas rodeado que está ainda pelo Parque Botânico do Monteiro-Mor, antiga quinta de recreio setecentista, onde se encontra a primeira Araucaria Heterophylla conhecida em Portugal e onde é muito agradável passear. É bom estar com tempo e poder almoçar no restaurante Monteiro Mor e se possível ver ainda outro Museu, inserido nesse parque: o museu do Teatro e da Dança, que optámos por não visitar desta vez.
Dirigimos-nos para o Martim Moniz para nos podermos esticar pela Baixa Lisboeta. Almoçámos num pequeno restaurante (não muito recomendável) e fomos bebericar uma ginginha à Espinheira. Isto é, armar-nos em turistas mesmo! E depois andarmos pelas ruas devagar em direção ao Chiado, comer um gelado à Santini e eu sempre de olhar posto nas Ruínas do Convento do Carmo que chamavam ao longe por mim. Construída sobre a colina fronteira ao Castelo de S. Jorge, em 1389, sob o impulso de D. Nuno Alvares Pereira, um dos mais famosos heróis da Idade Média e onde se encontra sepultado.
O monumento gótico transformou-se em ruínas, tal como grande parte de Lisboa, devido ao Terramoto de 1755 e subsequente incêndio e, apesar de uma tentativa de reconstrução, que não foi levada por diante, o monumento ficou mesmo em ruínas, que se tornaram num ícone da arquitetura gótica de Lisboa. Transformou-se num lugar único, com uma estética muito interessante com arcos apontados para o azul do céu.
Ruinas do Carmo |
Museu Arqueológico do Carmo |
Rodeado por esplanadas e terraços saímos, seduzidos a acabarmos o dia sentados naquela luz tão especial de Lisboa a contemplar o fim do dia. Como diz José Saramago "É preciso sair da ilha para ver a ilha".
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