Tarte de Amendoas e Nozes Pecan (sem Glúten nem Lactose )

segunda-feira, agosto 03, 2020

"Com papas e bolos se enganam os tolos" provérbio popular

Mas não os amigos! Muito menos os que vêem lá detrás, da infância, sempre presentes na linha da vida! Que são um presente da própria vida! Porque quando nos juntamos, sob qualquer pretexto, não há sabor igual! Conseguimos rir das mesmas coisas parvas que aconteceram (a nós e aos outros); conhecemos os nossos fracassos e sucessos, amores e de desamores... é como se tivéssemos uma linguagem própria, inteligível apenas por quem partilhou aquelas experiências.



O tempo transformou as memórias da aldeia onde crescemos, palco da nossa infância e adolescência, e as personagens e  episódios do passado, numa autêntica novela, cheia de contornos "rocambolescos", que sabe bem reviver! Perguntarão, talvez, qual o prazer de (re)contar, vezes sem conta, coisas que estamos fartinhos de conhecer; como conseguimos sempre rir  e surpreender-nos uma e outra vez...no entanto isso acaba por nos dar sentido! Acaba até, por dar sentido, a coisas menos boas vividas lá atrás e que nem sempre, (na altura) achámos assim tão boas! Como se o encontro com esses amigos fosse a chave de um código secreto que nos permite (re)entrar numa parte de nós, conseguindo com isso compreender e aceitar melhor os acontecimentos do Presente! 


No meio das risadas, descobrem-se novas intenções nas actuações das personagens, que a nossa inocência da altura não nos permitiu vislumbrar. Invariavelmente espantamo-nos com a nossa própria ingenuidade, mas ao mesmo tempo com a nossa esperteza e intuição, que nos levou a fintar armadilhas e outras agruras maiores. Invariavelmente concluímos que até não nos safámos assim tão mal! Isso consola-nos!

Se escrevêssemos todas essas histórias  daria um admirável guião de um filme ou elenco de uma novela! Os que nos ouvem de fora (e que não fizeram parte dessa história) espantam-se incrédulos com o que contamos! Não conseguem rir como nós nos rimos, ao lembrar de certos diálogos ou episódios... porque nós não nos cansamos de rir, (e rimos até mais não) quando nos juntamos!

Para além de fazer muito bem, rir une muito as pessoas e é uma maravilhosa forma de amor! Por isso, para um "Sunset" com 2 amigos de infância, fiz esta Tarte para sobremesa, sem Glúten nem  Lactose, (a que um deles tem intolerância) porque, quando somos amigos, temos em conta o que sabemos deles e o que gostam ou podem comer... 

À volta da Tarte a conversa prolongou-se até às 2 da manhã, nesse desvario de recordações e risota (com Gin Tónico e Rosé à mistura) sob uma estonteante visão sobre o Tejo e Lisboa, numa abençoada noite de verão! 


A inspiração desta receita veio da Mamã Paleo.

Ingredientes:

Massa da Base :
4 ovos 
250 farinha de Amêndoa ( misturada com uma saqueta de levedura desidratada gluten free da Schar)
3 colher sopa Açúcar Côco
4 colheres sopa Polvilho doce
4 colheres de sopa de Azeite
2 colheres sopa mel
1 colher de sobremesa de canela 
1 dl de bebida Vegetal de Amêndoa

Bater muito bem todos os ingredientes e deitar em forma de tarte que foi previamente forrada com papel vegetal, untada de azeite. Levar ao forno a cozer cerca de 30 minutos.

Cobertura

125 gr Amêndoas palitadas 
65 Nozes Pecan (metades)
Sumo de 1 laranja
2 colheres de sopa Mel
2 colheres de Açúcar de Côco
2 colheres sopa de Azeite
2 colheres de sopa de óleo de Côco

Colocar todos os ingredientes num tachinho e levar ao lume até engrossar e caramelizar o molho. Deitar por cima da tarte cozida e já desenformada. Como estava um dia quente de verão coloquei no frigorífico antes de servir.

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