"Vê-se melhor quando não se vai para ver nada, quando os olhos procuram tudo o que possam achar."Miguel Esteves Cardoso
É mesmo isto! O destino final eram Caldas de Aregos mas o destino de uma viagem, como contei no último post, é só uma desculpa para percorrer paisagens e encontrar-se tudo o que se poder achar! Portugal está cheio de belos lugares escondidos e encantados! Esta procura dá-nos sempre oportunidade de fazer fotos, mas a viagem vale sempre a pena, nem que seja apenas por uma foto! Começámos por encontrar a Ponte da Panchorra...
A uma altura de 1000 metros, unindo as Margens do Rio Cabrum, que separa os concelhos de Cinfães e Resende, a Ponte da Panchorra (que se supõe ser do SEC. XV ou XVI), está classificada como Monumento de Interesse Público desde 2013, e integra o percurso turístico-cultural da Rota do Românico. O espaço tem agora uma praia fluvial com condições para tomar banho no rio durante o verão. Mesmo perto, no lugar da Gralheira, almoçámos no Restaurante o Recanto dos Carvalhos do qual gostámos tanto que voltámos no 2º dia para almoçar.
Finalmente aparece Caldas de Aregos, bem no fundo, à beira do Rio Douro plantada! É uma estância termal, ainda em funcionamento, que faz parte do concelho de Resende. Parece que ali o tempo parou, parecendo uma pequena Suíça, perdida no meio da vegetação, com os seus edifícios dos anos 50, e com muitas das magnificas casas agora em ruínas. O enquadramento é de uma extraordinária beleza, numa perfeita união entre o rio e a montanha e com o acolhedor núcleo urbano, cuja arquitetura reporta à “idade de ouro” dos anos 50.
Talvez pela época do ano, andam poucas pessoas por ali...apenas um Cruzeiro do Douro, ali atracado, iluminava o Cais na noite. Mas mesmo assim é um ótimo sitio para se descansar e curar...e aproveitar para procurar tudo o que se possa achar!